TEMPO DA QUARESMA

Tempo, De oração, de jejum e de esmola. Assim deve ser vivida a Quaresma pelos cristãos, pede a Igreja Católica. Na missa das Cinzas, que marca o início da Quaresma, a Igreja lembrou o jejum e a penitência como forma de fortalecer os fiéis. Na Catedral de Fortaleza, a missa do meio-dia foi celebrada pelo padre Luiz Alberto. O pároco, padre Clairton Alexandrino, ainda se recuperando de uma cirurgia, apenas distribuiu as cinzas na testa dos cristãos.

O padre Luiz Alberto enfatizou que esses 40 dias que antecedem a Páscoa deve ser um período de reflexão para os católicos. E mais do que reflexão, um tempo de mudança, de voltar-se mais para Deus. “É um tempo para prometer um esforço maior, tempo de penitência, mas não de tristeza”.

Por isso, comece o período com um propósito, convida ele. “É um problema rezar hoje, com tanto barulho, tantos problemas. Estão rezando pouco e mal. Pergunte a si mesmo: ‘eu estou rezando bem?’”, refletiu o padre Luiz Alberto. A oração não deve ser naquele pouquinho que resta do dia, mas em um momento reservado. De manhã, para entregar o dia a Deus; e à noite, para meditar sobre o dia, pedir perdão pelas fraquezas e ajuda para o dia seguinte.

O jejum não é apenas a abstinência de alimento. Envolve uma série de ações significativas para a mente. “Vamos fazer o jejum da língua. A gente fala muito, a gente pode se conter”. O sacerdote cita que podemos reduzir tudo aquilo que entra na nossa vida e não nos alimenta, tudo aquilo que não nos é útil. E tudo seguido da oração.

Outra ação que pode conduzir o período quaresmal dos cristãos é a esmola. Mas não o dar dinheiro de forma simples. “É você levando a paz, a alegria, o seu perdão, doando-se. É você dar o testemunho do amor de Deus aos outros”, descreve o padre. Para a Igreja, a esmola é não oprimir ninguém, não ser injusto, não ver alguém sofrendo e se omitir. No fim das contas, é a caridade em sua forma mais sublime.